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  • Descobre mais sobre o novo SteamWorld Heist numa entrevista exclusiva com os seus produtores!


    16/09/2014

    Em agosto de 2013 os estúdios de produção de videojogos sediados na Suécia, Image & Form, lançaram um jogo de aventuras e mineração em plataformas, disponível na Nintendo eShop da Nintendo 3DS. Recentemente, o título chegou à Wii U para nos oferecer esta combinação de exploração e ação em HD.

    A equipa de produção revela agora que um novo título da série, denominado "SteamWorld Heist", está a caminho da Nintendo 3DS. Para revelar um pouco mais sobre ele, o CEO da Image & Form, Brjánn Sigurgeirsson, e o designer-chefe do jogo, Olle Håkansson, voltaram a disponibilizar um pouco do seu tempo para falarem com a Nintendo.

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    CI7_3DSDS_SteamWorldHeist.png

    Nintendo of Europe: O nome do vosso novo jogo é "SteamWorld Heist", pelo que a primeira pergunta é, inevitavelmente: "Porquê 'Heist' e não 'Dig 2'"?

    Brjánn Sigurgeirsson: Bem, passo a explicar: SteamWorld é o nome da série e vamos criar mais jogos no universo SteamWorld, por isso esse é o nome do universo ou do mundo. E depois, cada jogo terá o seu próprio sufixo: SteamWorld Dig, SteamWorld Heist, etc.

    Olle Håkansson: Também temos SteamWorld Tower Defense.

    BS: Exatamente, a primeira produção. Então, a razão do nome Heist é…bem, não podíamos propriamente chamá-lo "Dig" porque este título não inclui qualquer tipo de escavação.

    NoE: Isso induziria os jogadores em erro!

    BS: Mas há muitos assaltos! ("heist" em inglês). Esta nova aventura decorre muitos anos após Dig e é bastante óbvio que houve pelo menos um jogo entre Dig e Heist. Estamos a fazer uma coisa semelhante a Star Wars, no que diz respeito ao salto no tempo, apresentando o futuro para regressarmos depois ao passado.

    É um jogo que decorre no Espaço; um jogo de exploração espacial em que os jogadores assumem a pele de um comandante de uma nave que, basicamente, tenta sobreviver, dia após dia, assaltando outras naves. Existem muitas outras fações com as quais é difícil simpatizar, o que torna estes assaltos justificáveis.

    NoE: Então, basicamente, o jogador é um pirata espacial.

    OH: Exato. E o objetivo do jogo é recrutar mais piratas para obter uma tripulação cada vez melhor, fazer upgrades à nave e tentar sobreviver. Tudo isto estará integrado num enredo contínuo. Neste momento temos uma ideia bastante clara do jogo. Alguns jogos espaciais oferecem conteúdos quase infinitos e, de certa forma, também é isso que pretendemos com os nossos níveis aleatórios. Já tínhamos o fator de seleção aleatória dos níveis em Dig, mas não era muito evidente. Desta vez é muito melhor e mais visível.

    NoE: Então teremos mais coisas que aparecerão para nos surpreender.

    OH: Sim. Fiquei bastante satisfeito com o segundo mundo em SteamWorld Dig, em que as coisas emergentes funcionam bastante bem, sejam os barris explosivos a flutuar aqui e ali, sejam as piscinas ácidas, etc. Foi bastante divertido. Eu adoro esse tipo de coisas, por isso diverti-me bastante a fazê-lo.

    CI7_3DSDS_SteamWorldHeist_Characters_01.png

    NoE: O jogador é o comandante da sua própria nave e tem de ir formando a sua tripulação. Também tem de construir a nave e implementar-lhe upgrades?

    BS: Sem dúvida. E gostaria de falar sobre esta mecânica de jogo fulcral: quando o jogador embarca noutra nave, o jogo transforma-se num jogo por turnos, em que movemos a nossa tripulação e os adversários movem a sua, em combates por turnos. E achamos que incluímos ideias bastante boas no sentido de reinventar um pouco esse género.

    NoE: Em termos de género, descrevem SteamWorld Dig como uma aventura de mineração e plataformas. Se tivessem de resumir o género de SteamWorld Heist em apenas três palavras, quais escolheriam? Pensem bem!

    BS: Eu diria…combates por turnos...no Espaço…com exploração espacial e elementos de vilania.*

    OH: E sobrevivência… Bem, acho que ainda não temos o género muito bem definido (risos).

    *Nota do editor relativamente a "elementos de vilania": "Roguelike elements" no original, refere-se a um estilo específico de RPG que inclui habitualmente jogadas por turnos, ambientes gerados aleatoriamente e bastante liberdade no que diz respeito aos destinos e às ações do jogador.

    NoE: Mas essas palavras são todas adequadas.

    BS: Apesar de poder ser um cliché, penso que podemos resumi-lo dizendo que este é um jogo que há muito tempo que queríamos fazer. Considero-o apelativo a muitos tipos de jogadores diferentes e poderão encontrar nele também coisas bastante adoráveis.

    OH: E relativamente à categoria em que o jogo se encaixa, acho que deixaremos isso para mais tarde! (risos).

    BS: Eu diria que ao passo que o Dig se assemelhava mais a Metroid ou Castlevania, no estilo de exploração, este é mais "roguelike".

    NoE: Mencionaram que enquanto o jogador explora a galáxia embarca noutras naves e o jogo transforma-se num combate por turnos. Existem batalhas navais antes desse momento em que se tenta derrotar os inimigos?

    OH: Ah, isso é uma coisa que adoraríamos ter! (para o Brjánn). E estás disposto a pagar para o ter, não é verdade? (risos).

    BS: Deixa-me ir buscar a carteira! (risos) Mais uns milhões!

    OH: Mas estamos a considerar incluir no jogo alguns sistemas desse género. Tem combates espaciais simples: é possível montar um enorme lança-mísseis, ou algo meio retrofuturista desse tipo, que dispara contra outras naves à medida que se vão aproximando. Uma coisa desse género. Mas não vamos enveredar pela estratégia espacial, porque a estratégia no jogo terá mais que ver com acoplação com outras naves, embarcação e pirataria!

    BS: Pirataria! Ação!

    OH: O jogador e a tripulação ocupam-se da nave. Depois poderão usar o mapa espacial para encontrarem uma missão (uma missão de assalto, por exemplo) e depois acoplarem com a outra nave em tempo real. Depois, na nave inimiga, o jogador vê sacos com pilhagens que terá de apanhar.

    NoE: Sacos com pilhagens?

    OH: As pessoas aqui diziam "Temos de tirar esses sacos com pilhagens do jogo. É ridículo!", mas eu fiz finca-pé e disse "Não, vamos mantê-los!"

    CI7_3DSDS_SteamWorldHeist_Characters_02.png

    NoE: Se estamos a jogar na pele de piratas espaciais, então claro que temos de ter sacos com pilhagens.

    OH: Exatamente. E um dos aspetos-chave do jogo é o sistema de disparo livre. Tanto quanto sei, não existem mais jogos de estratégia por turnos que ofereçam isto. Temos de apontar com muito cuidado antes de dispararmos, mas também é possível fazer ricochete com os disparos, o que é uma boa forma de acabar com os inimigos.

    Após algumas rondas de combate, o alarme soa e mais inimigos aparecerão. Aqui terão de ser bastante rápidos, pilhar o máximo possível e regressar à nave. O problema é que os inimigos também podem entrar na nossa nave, por isso temos de desprender as nossas naves das deles o quanto antes. Se não conseguirem fazê-lo no tempo devido serão ultrapassados.

    Depois de terminarem uma missão ganharão algum dinheiro e poderão ir até ao bar: o bar espacial! (risos). E aí poderão recrutar novos colegas de equipa, cada um com propriedades diferentes, e também será possível alternar entre eles em combate. Estamos a esforçar-nos bastante no sentido de tornar o combate interessante por si só, com barris explosivos, candeeiros contra os quais podem disparar, entre muitas outras coisas divertidas.

    NoE: Coisas do género de um "western".

    OH: Exatamente. E estamos a desenvolver um motor de física especial em que usam um chapéu e são depois capazes de disparar contra os chapéus dos inimigos. Será um elemento fulcral! Ainda não o incluímos, mas desde o início que tenho vindo a dizer que este é um elemento-chave e que tem mesmo de ser possível disparar contra chapéus!

    Mas estamos bastante satisfeitos com o que temos até agora. Quando se começa a desenvolver um jogo deste género e nunca se viu nada assim, pode ser um pouco assustador. Mas depois chega-se a um ponto em que se percebe que é algo divertido e se acredita mesmo nele. E acho que agora estamos nesse ponto.

    BS: Outra coisa a mencionar é o facto de que se já jogaram Dig, saberão que por serem movidos a vapor, a água é muito importante. E também terão de encontrar água e carvão no Espaço, senão ver-se-ão em sarilhos. Com a vossa nave, a situação será quase igual à do Rusty no Dig.

    NoE: Para aquelas pessoas que se afeiçoam bastante à sua tripulação, é possível perder os membros da tripulação? O jogador tem, obviamente, guerreiros, mas os investigadores, pelo menos, estão a salvo?

    BS: Não. Ninguém está verdadeiramente a salvo, porque mesmo que estejam a jogar de forma muito defensiva e não estejam a atacar, outras naves poderão atacar-vos e terão de defender-se delas. O mais importante é tentar manter o comandante vivo, pois enquanto ele estiver vivo, o jogo continuará.

    OH: A propósito, já sabemos que da mesma forma que o jogador poderá entrar na embarcação inimiga, os inimigos também poderão entrar na vossa. Estamos a pensar fazer com que seja possível destruir coisas na nave e obrigar o jogador a equilibrar o ataque e a defesa.

    BS: Vai ser fabuloso. E tal como o Olie disse antes, aquilo que nos preocupou mais quando terminámos o Dig foi a duração do jogo. Adoraríamos ter incluído mais conteúdos, mas simplesmente ficámos sem dinheiro. Desta vez queríamos ter a certeza de que isso não aconteceria. Quando terminarem este jogo darão por vocês satisfeitos!

    NoE: Obrigado aos dois por esta entrevista.

    SteamWorld Heist estará disponível na Nintendo eShop da Nintendo 3DS em 2015.